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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Preconceito e Matemática :(


Vivemos num contexto social em que os nossos jovens possuem um preconceito e uma conceção bastante errada quanto à disciplina da Matemática na escola, considerando-a como sendo a mais difícil e inútil. Eles julgam-se incapazes para a apreender, logo obtêm um rendimento muito aquém das suas capacidades. Porém, existem algumas questões que estão ao alcance de todos: trabalho, persistência e força de vontade de vencer são alguns dos ingredientes básicos que ajudarão muito ao virar desta página.

Por exemplo, é necessário estimular as crianças desde novas a raciocinar, treinando a sua atenção e concentração ao máximo, perante um novo desafio ou uma nova brincadeira. O jogo integra as várias dimensões da personalidade: afetiva, motora e cognitiva; sobretudo os jogos em equipa despertam o espírito de cooperação e de solidariedade entre todos, tendo em vista um objetivo comum.


Dicas práticas para seu filho não ter medo dos números:

http://educarparacrescer.abril.com.br/matematica/


E ao longo do tempo é necessária também uma apresentação da matemática que exerça algum poder de atração, conseguindo trazer prazer e motivação para aprender cada vez mais. A maior necessidade, no estudo da matemática, é a de vencer o preconceito: frases como "não gosto de matemática", "não consigo entender nada de matemática", demonstra uma predisposição para não querer aprender.

Dessa forma surgirá de certeza uma Matemática com mais significado e razão de existir, que propicia uma visão mais ampla e científica da realidade e desenvolve a criatividade, construindo cidadãos mais ativos e participativos.

Fazer cálculos, resolver equações, saber onde e quando aplicar fórmulas matemáticas, etc, pode ser, afinal de contas, um prazer, trazendo, por fim, uma enorme satisfação interior e uma sensação de realização pelo feito alcançado. Urge combater contra o nosso próprio medo de falhar, pois só sem medo e preconceito, mas principalmente com dedicação, é que conseguiremos ir mais além.

E sendo eu uma Professora de Matemática, sinto-me bastante grata à primeira grande mulher que trabalhou e escreveu algum texto sobre Matemática, Hipatia, pois como todos nós sabemos, durante séculos, num mundo de dominação essencialmente masculina, a participação da mulher fora quase sempre restringida a ponto de lhe ser proibido o acesso ao mundo intelectual.

"O simples aspecto da mulher, revela que ela não é destinada nem aos grandes trabalhos intelectuais, nem aos grandes trabalhos materiais." Schopenhauer in As Dores do Mundo (Esboço acerca das mulheres )

"Mas quando uma pessoa pertencente ao sexo do qual, de acordo com nossos costumes e preconceitos, é forçada a enfrentar infinitamente mais dificuldades do que os homens para familiarizar-se com essas pesquisas dificílimas, e consegue com êxito, penetrar nas partes mais obscuras delas, não obstante, se para isso tenha de superar todas as barreiras existentes, então essa pessoa tem necessariamente, a mais nobre coragem, os mais extraordinários talentos e uma genialidade superior." Gauss, numa carta a Sophie Germain, referindo-se ao trabalho dela.

Ela nasceu em Alexandria por volta do ano 370 e, mais uma vez, com a trágica da sua morte em 415, muitos também consideram que termina com ela a gloriosa fase da Matemática Grega. Só com o surgir do século XVIII, com a ajuda de Newton e Leibniz é que a Ciência toma um novo rumo, existindo já se tinha uma maneira mais rigorosa e eficaz de explicar vários fenómenos da Natureza, que cada vez mais se difundiram e se sofisticaram.

Já a Matemática em Portugal, é uma questão de educação, tal como o próprio livro em baixo denuncia:



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