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sexta-feira, 14 de março de 2014

Hoje é o dia do Pi!





O Dia do Pi(p) e o Dia da Aproximação de Pi(p) são duas datas comemorativas em homenagem à constante pi (p).
O Dia do Pi é comemorado no dia 14 de março (que se pode representar por 3/14), porque 3,14 é a aproximação mais conhecida de p. O auge das comemorações acontece à 1:59 da tarde (porque 3,14159 = p arredondado até a 5ª casa decimal). O dia 14 de março também é o dia do nascimento de Albert Einstein, o que agrega mais fãs das ciências exatas às comemorações.
Este ano a comemoração fará 25 anos de existência. A primeira comemoração do Dia do Pi aconteceu no museu Exploratorium de São Francisco, em 1988, com público e funcionários marchando em torno de um dos espaços circulares do museu, e depois consumindo tortas de frutas (porque quando se lê pi em inglês, o 
som é o mesmo de quando se lê pie - torta); no ano seguinte, o museu acrescentou pizza ao menu do Dia do Pi.
 
O fundador do Dia do Pi foi Larry Shaw, o "Príncipe do Pi", atualmente fora do Exploratorium, mas ainda colaborando com as celebrações. Recentemente, uma celebração do Dia do Pi foi incorporada ao Second Life.
Em inglês, o nome da constante (pi) e a palavra torta (pie) têm pronúncia idêntica. Por isso a tradição de comer tortas nesse dia. Mas como a constante tem íntima relação com as medidas do circulo, são aceites quaisquer pratos preparados em forma redonda.
O número pi (representado habitualmente pela letra grega p ) é o número irracional mais famoso da história, que tem origem na relação entre o perímetro de uma circunferência e seu diâmetro; por outras palavras, se uma circunferência tem perímetro e diâmetro então aquele número é igual a É representado pela letra grega p. A letra grega p (lê-se: pi), foi adotada para o número a partir da palavra grega para perímetro, provavelmente por William Jones em 1706, e popularizada por Leonhard Euler alguns anos mais tarde.

Se pensarmos que ao dar a volta à Lua seguindo um dos seus círculos máximos, percorremos aproximadamente 10920 Km e se dividirmos este valor pelo diâmetro da Lua que é 3476 Km iremos verificar que esta razão é de 3,14154200…, este número é-nos familiar, é aproximadamente 3,14.
Na realidade, como número irracional, pi é expresso por uma dizima infinita não periódica, que nos dias de hoje com a ajuda dos computadores já é possível determinar com centenas de milhões de casa decimais.

Aqui aparecem as primeiras cinquenta :

p = 3,14159 26535 89793 23846 26433 83279 50288 41971 69399 3751

ALGUNS FACTOS SOBRE O PI


                                 

1. Descoberta de Pi
Os antigos babilônios sabiam da existência do Pi cerca de 4.000 anos atrás. Um tablete babilônico de 1900 a 1680 aC calcula Pi como 3,125, e o papiro matemático de Rhind, um documento matemático egípcio famoso de 1650 aC, lista um valor de 3,1605. A Bíblia do Rei Jaime (I Reis 7:23) dá uma aproximação de Pi em côvados, uma unidade arcaica de comprimento correspondente ao comprimento do antebraço, do cotovelo até a ponta do dedo médio (estimado em cerca de 45 centímetros). O matemático grego Arquimedes (287-212 aC) aproximou Pi usando o teorema de Pitágoras, uma relação geométrica entre o comprimento dos lados de um triângulo e a área de polígonos, dentro e fora dos círculos.
2. Há uma “linguagem” Pi
Nerds literários inventaram um dialeto conhecido como Pilish, em que o número de letras em palavras sucessivas correspondem aos dígitos do Pi. Mike Keith escreveu o livro “Not a Wake” (Vinculum Press, 2010) inteiramente em Pilish. Uma das frases (em inglês) seria: “Now I fall, a tired suburbian in liquid under the trees/Drifting alongside forests simmering red in the twilight over Europe”. Ou seja, a primeira palavra, “now”, tem três letras, “I” tem uma letra, “fall” tem quatro, e assim por diante.
3. Memorização Pi
Entusiastas do número memorizaram muitos dígitos do Pi. A maioria das pessoas usa técnicas mnemônicas para ajudá-los a se lembrar. Muitas vezes, elas usam poemas escritos em Pilish (em que o número de letras de cada palavra corresponde a um algarismo do Pi) para poder gravar a maior quantidade de números. O recorde para o maior número de dígitos do Pi memorizados pertence a Chao Lu, da China, que recitou 67.890 dígitos do Pi de cabeça em 2005, de acordo com o Guinness World Records.
4. Pi-râmide de Gizé
O editor e escritor John Taylor propôs pela primeira vez a ideia de que a Grande Pirâmide do Egito, em Gizé, construída em torno de 2589 a 2566 aC, foi concebida com base em Pi. Taylor descobriu que a divisão do perímetro da base da pirâmide por sua altura produz um número próximo a 2 vezes Pi. Outras pessoas que também fizeram uma ligação entre a Grande Pirâmide e Pi acreditam que essa pode não ter sido intencional. 
5. Pi na computação 
Os seres humanos só chegaram a 67.890 dígitos do Pi, mas computadores podem ir muito além e obter medições ainda mais precisas. Até dezembro de 2013, de acordo com Numberworld.org, computadores calcularam o Pi para um recorde de 12 trilhões de dígitos.  

O FILME


Originalmente intitulado Life of Pi, com roteiro de David Magee baseado no livro homônimo de Yan Martel é uma produção de 127 minutos da Fox e conta com um elenco praticamente desprovido de nomes conhecidos do cinema ocidental. A única exceção é a de Gerárd Depardieu que, aliás, rouba a única cena em que aparece como cozinheiro do navio – personagem que chama atenção pela magnífica tipificação de Depardieu , que beira o cômico sem ser caricato, sendo um dos elementos chaves na composição do roteiro e cuja contribuição é significativa para o desfecho da trama. 
E por falar em trama, tudo é simbólico e alegórico nessa intrigante história, o que possibilita profundas reflexões filosóficas.
Entre essas reflexões podemos citar o principal mote da obra literária que inspirou o filme – o questionamento fundamental sobre a existência humana e o contraponto entre a ciência e a religião. Aliás, um dos temas recorrentes no Hypescience e também outra fonte de surpresas.
Filho de um indiano aparentemente ateu ou no mínimo agnóstico o jovem protagonista de nome Piscine, resolveu adotar o apelido “Pi” (que remete ao número transcendente), para evitar o bullying que seu nome insólito obviamente suscitara. 
A primeira parte do filme, bastante descritiva, narra a vida familiar de Pi e como ele virtualmente cresceu “dentro” de um zoológico administrado pelo pai e seu primeiro encontro com o tigre-de-bengala de nome Richard Parker.
Piscine adota três religiões simultaneamente, hinduísmo, cristianismo e islamismo e quando adulto ministra lições de cabala (judaísmo).
Aparentemente, essa parte da trama pode remeter a um libelo místico-religioso, no entanto, a abordagem dada por Lee, aponta para a liberdade humana primordial: a de crer em único deus, em vários ou em nenhum. 
No desenrolar da história o trágico e o surreal se alternam, primeiro num naufrágio, no qual o jovem Piscine perde toda a família e se vê obrigado a compartilhar seu barco salva-vidas com alguns animais, e depois apenas com o tigre Richard Parker. Daí o desenrolar da luta pela sobrevivência na qual são colocados em cheque aspectos medulares das respostas humana às contingências.

O LIVRO


O livro “A vida de PI” (2001) do escritor canadense Yann Martel foi envolvido em uma polêmica desde sua premiação em 2002 com o Booker Prize – um dos prêmios mais importantes da língua inglesa.
Alguns jornais teriam acusado Yann Martel de ter plagiado a novela “Max e os Felinos” publicada pela L&M Pocket em 1981 de autoria do escritor brasileiro Moacyr Scliar (que faleceu em 2010).
A polêmica se reacendeu com o lançamento do filme. 
Em ambas as publicações um jovem sobrevivente de um naufrágio, que é protagonista da história, tem de compartilhar um bote salva-vidas com um felino de grande porte (um jaguar no livro de Scliar e um tigre-de-bengala no livro de Martel) e é a partir dessa ideia central que toda a trama é construída suscitando seu diálogo filosófico com o leitor. 
Por um lado o escritor canadense agradece a Scliar no prefácio de seu livro pela “centelha de inspiração” e por outro, Scliar, reconhece “que as ideias não são protegidas por direitos autorais” observando que o desenvolvimento a partir da ideia central é totalmente diferente, descartando a possibilidade de qualquer disputa judicial.
Essa história me convida à seguinte reflexão: até que ponto pode ser considerado honesto a referência de uma obra em outra.
Penso, que o único jeito de eu avaliar se houve ou não plágio é ler as duas obras e então tirar as minhas próprias conclusões.

O NÚMERO

 
                                                      
O jovem Piscine Molitor Patel resolve adotar o apelido “Pi” (uma homenagem ao número transcendente) como uma forma de evitar o bullying que sofria na escola. E para isso se obrigou, não apenas a explicar o significado do número PI , como também a oferecer nas aulas de matemática uma atração a mais, recitando de memória o número com casas decimais suficientes para lotar as lousas. 
O número PI, também denominado constante circular, constante de Arquimedes ou número de Ludolph é uma constante matemática que expressa o quociente entre o perímetro e o diâmetro do círculo.
O Perímetro expressa a medida do contorno de um objeto bidimensional, ou seja, a soma de todos os lados de uma figura geométrica. 
Por exemplo, quando medimos o comprimento de um pedaço de corda estamos medindo o perímetro do circulo perfeito que pode ser formado por esse pedaço de corda. Ao dividirmos essa medida (o perímetro) pelo diâmetro desse círculo, obtemos um número muito próximo de três. Aproximadamente 3,14. E isso acontece para círculos de qualquer tamanho. 
Por ser transcendente e irracional, o número Pi não possibilita a previsão de suas casas. Para determina-las com precisão só mesmo o cálculo bruto realizado por computação. 

                                                   

Texto retirado de:

HypeScience - A ciência é a grande estrela do mundo real

http://hypescience.com/